sábado, 8 de dezembro de 2012

PPCC Zoologia dos Invertebrados II (Questões)


Disciplina: Biologia                                 Professora: Emilly F. Silva

Questões nº:  2 Questões
Conteúdo: Zoologia
Subitem:  Morfologia
 Questão: 1 Complexidade: Média

O hábito bizarro das fêmeas do louva-a-deus e da aranha viúva-negra de se alimentar dos machos durante a cópula é bastante conhecido. Recentemente a ciência tem procurado compreender mais profundamente essa forma extrema de canibalismo que pode ter efeitos significativos sobre o tamanho e a proporção entre machos e fêmeas das populações afetadas.”
A classificação dos artrópodes reflete a grande diversidade do filo. Isso a torna bastante complexa, envolvendo inúmeros grupos e subgrupos taxonômicos. Em relação aos artrópodes citados acima, marque a (as) alternativa (as) em que cita a classificação correta em que se dividem respectivamente.
A) (   ) Têm o corpo dividido em cefalotórax e abdome, dois pares de antenas e número variável de patas.
B) (   ) Têm o corpo dividido em cabeça, tórax e abdome
C) (   )Possuem o corpo alongado, com um par de patas por segmento e um par de antenas na cabeça.
D) (   ) Possuem quatro pares de patas e uma clara divisão corporal em cefalotórax (cabeça fundida ao tórax) e abdome. São desprovidos de antenas e dotados de quelíceras, apêndices anteriores em forma de presas. E) (   ) Apresentam o corpo alongado, com dois pares de patas por segmento




Disciplina: Biologia                                 Professora: Emilly F. Silva 
Questões nº: 2 Questões
Conteúdo: Interação entre os seres vivos

 Subitem: Comportamento animal/ Reprodução


Questão: 1
Complexidade: Fácil


"Pesquisas com duas espécies de aranhas indicam que machos podem ‘contribuir’ de alguma forma para o seu destino trágico. Nas duas espécies em questão, a reprodução depende da transferência de esperma por meio da inserção de um ou de ambos os palpos masculinos no corpo das parceiras."  Com base em seus conhecimentos no que diz respeito a reprodução deste artropode (aranhas) assinale a alternativa correta.


A) Gemulação
B) Reprodução sexuada
C) Brotamento
D) Reprodução assexuada
 

 

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Jogo mortal

As fêmeas de algumas espécies de aranhas e outros animais se alimentam dos machos após o coito. Quais serão as vantagens desse canibalismo sexual? Em sua coluna de abril, Jerry Borges discute esse curioso fenômeno biológico.
Por: Jerry Carvalho Borges
Publicado em 05/04/2010 | Atualizado em 08/04/2010
Jogo mortal
Fêmea de aranha da espécie 'Nephila clavata' devora o macho após a cópula. O canibalismo sexual é bastante comum em aranhas e escorpiões (foto: flickr.com/kumon - CC BY 2.0).
O hábito bizarro das fêmeas do louva-a-deus e da aranha viúva-negra de se alimentar dos machos durante a cópula é bastante conhecido. Recentemente a ciência tem procurado compreender mais profundamente essa forma extrema de canibalismo que pode ter efeitos significativos sobre o tamanho e a proporção entre machos e fêmeas das populações afetadas.
O canibalismo sexual ocorre quando a fêmeas matam e se alimentam dos machos de sua espécie antes, durante ou após a cópula. Essa forma de predação intraespecífica é um evento raro, descrito apenas em alguns crustáceos, moluscos, insetos e em aranhas e escorpiões, em que ele é bastante comum.
Apesar de o canibalismo sexual ser descrito quase que exclusivamente para as fêmeas, alguns crustáceos são exceções a essa regra. Nessas espécies os machos, que são maiores, podem predar as fêmeas durante o ato sexual.
Os motivos que fazem um macho se sacrificar durante a cópula podem parecer intrigantes. Esse comportamento de risco é resultante dos hormônios sexuais que levam os machos a buscar parceiras durante o período reprodutivo. Um coquetel de feromônios e comportamentos femininos voltados para atrair parceiros também contribuem para o processo.
Para as fêmeas, o canibalismo sexual pode assegurar a obtenção de nutrientes indispensáveis para a reprodução
É preciso ter em mente que os interesses reprodutivos são diferentes para ambos os sexos. Para as fêmeas, o canibalismo sexual pode assegurar a obtenção de nutrientes indispensáveis para a reprodução. Para elas, portanto, os machos, além doadores de esperma, seriam vistos apenas como mais uma presa.
Já para os machos, o envolvimento com as fêmeas pode parecer à primeira vista um  ‘jogo mortal’ – para eles, a predação de que são vítimas seria aparentemente desastrosa. Mas um exame detalhado desse processo pode indicar que mesmo os machos predados podem ganhar algo: esse comportamento suicida poderia assegurar a transmissão de seus genes para a prole. Seria, assim, um investimento parental extremo e uma forma de altruísmo masculino que garantiria o sucesso reprodutivo da espécie.
Deve-se levar em conta também que, em várias espécies, o ato sexual afeta os órgãos copulatórios masculinos e muitos machos não resistem a esses ferimentos ou tornam-se estéreis. É o que acontece, por exemplo, com os machos da aranhas Argiope aemula e Latrodectus hasselti. Por outro lado, machos de outras espécies – como a viúva-negra Latrodectus mactans – sobrevivem à cópula e podem fertilizar outras fêmeas.
'Argiope aemula' macho
Mesmo feridos após atacados pela fêmea, machos da espécie 'Argiope aemula', como o espécime da foto, se reaproximam para tentar copular novamente (foto: Akio Tanikawa - CC BY-SA 2.5).

Contribuição masculina

Pesquisas com duas espécies de aranhas indicam que machos podem ‘contribuir’ de alguma forma para o seu destino trágico. Nas duas espécies em questão, a reprodução depende da transferência de esperma por meio da inserção de um ou de ambos os palpos masculinos no corpo das parceiras.
Machos de Argiope aemula resistem fortemente quando capturados por fêmeas e podem chegar a perder algumas pernas para se defender. Contudo, vários dos machos sobreviventes se reaproximam da fêmea para tentar copular novamente e se tornam vítimas de suas parceiras sem opor resistência.
Esse comportamento peculiar pode estar associado com a necessidade desses machos ‘camicases’ de ter um período maior para a sua cópula ou, talvez, com uma tentativa deles de impedir o acesso de outros machos às fêmeas.
Já machos da Latrodectus hasselti (ou aranha-de-costas-vermelhas, como é chamada em inglês), por sua vez, dão saltos durante a cópula e acabam posicionando o seu abdome diretamente sobre as partes bucais das fêmeas que, assim, têm sua tarefa facilitada. Os machos predados pelas fêmeas não interrompem o processo de fecundação e permanecem no ato sexual por cerca de 10 a 15 minutos – aproximadamente o dobro de tempo de um macho que não foi predado.
Em algumas aranhas, o canibalismo sexual proporciona um ganho de peso significativo para as fêmeas
Esse curioso ato masculino é vantajoso, pois diminui a probabilidade de novas cópulas femininas e gera uma proporção maior de ovos fertilizados do que os cruzamentos comuns. Obviamente, essas vantagens só são obtidas se o canibalismo ocorrer após a transferência do esperma.
Nessas duas espécies, os machos são bem pequenos e possuem apenas cerca de 2% do peso corporal de fêmeas. Assim, sua predação contribui muito pouco para o ganho de peso feminino ou para o desenvolvimento dos ovos. Por outro lado, em outras espécies, como nas aranhas de jardim Araneus diadematus, o canibalismo sexual proporciona um ganho de peso significativo para as fêmeas.
'Dolomedes fimbriatus' fêmea
Em espécies como a 'Dolomedes fimbriatus', o canibalismo sexual é praticado principalmente por fêmeas jovens, para as quais os nutrientes dos machos são importantes para o desenvolvimento (foto: N.Vėlavičienė - CC BY-SA 3.0).

Tamanho e fecundidade

A fecundidade das fêmeas de aranhas depende de seu tamanho e normalmente é determinada pela alimentação obtida durante a fase juvenil. Na espécie Dolomedes fimbriatus, o canibalismo sexual é realizado principalmente por fêmeas jovens, que necessitam de nutrientes para seu desenvolvimento. Contudo, essa prática é prejudicial na idade adulta, pois não contribui para o crescimento e pode fazer com que as fêmeas canibais permaneçam sem se acasalar.
Já o canibalismo sexual antes da cópula tem um significado totalmente diferente, pois pode impedir a ocorrência de fecundação. Essa modalidade talvez seja resultado de uma tentativa das fêmeas de evitar o acasalamento. De acordo com essa hipótese, as fêmeas avaliariam o potencial reprodutivo dos seus parceiros e simplesmente eliminariam aqueles que não as atraíssem. Vida de aranha macho não é fácil!
Vida de aranha macho não é fácil!
A territorialidade também deve ser considerada na análise do canibalismo sexual. As fêmeas de aranhas canibais, por exemplo, defendem fortemente o seu território. A invasão deste por indivíduos de ambos os sexos costuma resultar em disputas fatais.
Várias estratégias são utilizadas pelos machos para evitar o canibalismo sexual. Esses indivíduos se aproximam cautelosamente das fêmeas, tentam copular a uma distância segura e se retiram rapidamente após a cópula. Machos de viúva-negra, de aranhas-caranguejo (família Thomisidae) e de espécies da família Tetragnathidae podem prender as fêmeas em suas teias antes da cópula ou imobilizar as suas parceiras durante o ato sexual.

Escorpião e louva-a-deus

Escorpiões machos, por sua vez, picam e imobilizam temporariamente as fêmeas após a cópula. Os machos de aranhas construtoras de teias (Araneidae) e de aranhas saltadoras se aproximam apenas de fêmeas que estejam em período de muda – época em que o canibalismo não é possível – ou esperam para copular quando as fêmeas estejam se alimentando.
Louva-a-deus fêmea pratica canibalismo sexual
Fêmea de louva-a-deus se alimenta do macho. Há indícios de que, nessa espécie, a continuação da cópula mesmo após a decapitação do macho contribui para o sucesso da reprodução (foto: Oliver Koemmerling - CC BY-SA 3.0).
Nos louva-a-deus, o sucesso da cópula não depende exclusivamente do canibalismo sexual. Contudo, nesses animais os machos podem copular mesmo depois de decapitados. Há inclusive indícios de que isso contribua para o sucesso da reprodução por meio da remoção da inibição neural dos movimentos copulatórios e de um auxílio na liberação de esperma. Contudo, como os machos de louva-a-deus podem se acasalar diversas vezes durante a vida, o canibalismo sexual pode afetar a diversidade genética dessa espécie.
Machos de louva-a-deus podem copular mesmo depois de decapitados
As fêmeas de louva-a-deus obtêm nutrientes essenciais para a manutenção de sua prole com a prática do canibalismo dos machos. As fêmeas da espécie Tenodera aridofolia sinensis, por exemplo, têm até 63% da dieta composta por machos. Essa dieta faz com que elas produzam cápsulas com ovos (ootecas) maiores e um número de ovos e prole mais elevados. Uma única ooteca pode atingir cerca de 30-50% do peso da fêmea, o que representa um tremendo investimento para esses animais.
Portanto, o canibalismo sexual parece envolver um balanço entre diversos fatores, como a agressividade das fêmeas, a qualidade nutricional e o tamanho dos machos, as estratégias defensivas masculinas e a fecundidade e a razão sexual nas populações envolvidas. Além disso, a presença e a facilidade de captura de outras presas devem também ser consideradas.
A contribuição de cada um desses fatores pode variar sutilmente em cada caso analisado, o que torna a análise deste jogo mortal entre machos e fêmeas extremamente complexa e sujeita a um intenso debate.


Video: Louva-a-deus fêmea comendo cabeça do macho(video dado na aula de Ecologia Geral da Prof.ª Marina Farcic Mineo)

Fonte: http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/por-dentro-das-celulas/jogo-mortal/?searchterm=jogo%20mortal

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A "arte" da Taxidermia!

"Taxidermia" (termo Grego que significa "dar forma à pele") é a arte de montar ou reproduzir animais para coleção científica, exposições e estudos. Utiliza-se a taxidermia para fins de conservação de animais que podem ter várias intenções como uma coleção didática para deficientes visuais trazendo também uma alternativa de lazer e cultura para a sociedade. Tem como principal objetivo o resgate de espécimes descartados, reconstituindo suas características físicas e, às vezes, simulando seu habitat, o mais fielmente possível para que possam ser usados como ferramentas para educação ambiental.
Popularmente o termo "empalhar” já foi usado como sinônimo de “taxidermizar” entretanto há muito tempo não se usam mais os rústicos manequins de palha e barro para substituir o corpo dos animais. A Taxidermia atende a diferentes públicos como donos de animais domésticos, pescadores e caçadores desportistas, criadouros de animais comerciais, bem como museus de história natural, entidades conservacionista, zoológicos, universidades e mais recentemente o teatro e a televisão.
 Mini curso de Taxidermia em camundongos ministrado pelo Biólogo do Parque do Jacarandá(Zoológico de Uberaba) na II Noite da Biologia- IFTM Campus Uberaba
           
                          
                          
                                                                   Incisão
                     

 É um procedimento exercido por biólogos, que envolve conhecimentos de diversas áreas além da Biologia, como: Química, Anatomia, Comportamento, Ecologia, Artes Plásticas, entre outras. É uma técnica aplicada somente em animais vertebrados e seus registros mais antigos remontam ao império egípcio, a cerca de 2.500 a.C.

    

A taxidermia tem desempenhado um papel fundamental na evolução do estudo de história natural, contribuindo para a compreensão da importância da conservação da fauna.

Estrutura óssea com arames

   
      Preeencimento com serragem
                                                     
 
 

Na preparação de animais para taxidermia, são usadas diversas técnicas como, preparação de esqueleto, preparação de pele cheia, montagem em série, montagem para exposição, preparação de pele em curtume, diafanização, infiltração em parafina, fixação e montagem de coleção de insetos de várias espécies.


Pra quem gosta, tem o programa "Reis da Taxidermia" no canal fechado History channel     http://www.youtube.com/watch?v=G1T8KlMrWrQ

 

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Curiosidade: como os urubus conseguem comer carne podre, sem passar mal?

É bem verdade que se enfrentássemos uma dieta de urubu, nosso corpo reagiria imediatamente a tanta “porcaria” ingerida. Cientistas ainda não desvendaram totalmente esse mistério, mas acreditam que os urubus se deliciam com comida estragada sem passar mal graças ao seu sistema imunológico desenvolvido ao longo de anos e anos de evolução e ao potente suco gástrico secretado por seu estômago (algo bem mais forte do que aquele que produzimos).
   
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGzx3VM-i8J3FXe6eS-0rZRjOLKctELkPJMQd46S3PdBLGg7qBPMxzzYJJDiDeGs8leqkAe-JW3PR6K0l02cwpd21IPPplcfIgCzuCJoq_rrhy5NYyVNdr8U-nGMzp31lijccRHUnd7TWn/s1600/73425_Papel-de-Parede-Urubu_1400x1050.jpg

Os urubus possuem um super suco gástrico e um incrível sistema imunológico!

O estômago dos urubus secreta um suco gástrico que neutraliza as bactérias e toxinas presentes na carne putrefata. Além disso, acredita-se que os anticorpos de seu sistema imunológico fazem com que ele seja imune a doenças que atingiriam os humanos se resolvêssemos adotar o menu indigesto. Mas isso não significa que eles prefiram carne podre à fresquinha. O que acontece é que os urubus não têm habilidade para caçar, pois as garras de suas patas são ineficientes para essa tarefa. Assim, só lhes resta a carcaça de animais mortos.

 

Apesar dessa má fama, o urubu tem papel essencial na natureza. É um animal necrófago, que se alimenta de carne em putrefação, faz uma espécie de “faxina” nos locais onde vive, pois elimina do meio ambiente a matéria orgânica em decomposição. Para encontrar a refeição, eles contam com olfato e visão bastante apurados. São capazes de ver um bicho pequeno a 3 mil metros de altura!


Flor-cadáver: a flor mais fedorenta do mundo!

Nativa das florestas tropicais equatoriais da Sumatra, essa flor que tem nome científico de Amorphophallus titanum, pode alcançar mais de 6 metros de altura, quando floresce, abrindo para um diâmetro de até 1,20 metros e podendo pesar 75 quilogramas. E, por isso, pode ser considerada uma das maiores flor do mundo. Mas, essa gigante assusta não só pelo tamanho, mas também pelo cheiro de carne podre que ela libera, o que deu a ela o singelo apelido de “flor-cadáver”.
 http://diariodebiologia.com/files/2012/07/flor200.jpg
 O odor liberado é tão forte que atrai insetos carniceiros, principalmente besouros. Essa flor começa a sua vida como um pequeno tubérculo, então solta uma única coluna afilada que cresce furiosamente, até 16,6 centímetros por dia.
  http://diariodebiologia.com/files/2012/07/flor-cadaver01.jpghttp://diariodebiologia.com/files/2012/07/flor-cadaver03.jpg

 http://diariodebiologia.com/files/2012/07/flor-cadaver04.jpg
 A flor-cadáver não é só gigante e fedorenta, ela é também muitíssimo rara, o que faz dela uma flor ainda mais espetacular. A planta pode passar muitos anos sem florescer e quando isso acontece a flor dura apenas um ou dois dias. Algumas pessoas viajam ao redor do mundo esperando ver uma flor da Amorphophallus titanum e os botânicos consideram que a chance de poder ver uma flor-cadáver pode ser um deleite de única vez na vida. Pode viver até 40 anos, mas só floresce duas ou três vezes.

Teoria da Conspiração?

'Desaparecimento' de ilha no Pacífico intriga cientistas. Um grupo de pesquisadores da Universidade de Sydney disse que ilha listada em mapas simplesmente não existe.
Um sonho comum à maioria dos exploradores e desbravadores ao longo da História tem sido encontrar territórios desconhecidos, mas, na Austrália, uma equipe de cientistas fez exatamente o contrário: eles identificaram uma ilha que não existe.
Conhecida como Sandy Island, a massa de terra é listada por cartógrafos em atlas, mapas e até no Google Maps e no Google Earth, onde está localizada entre a Austrália e a possessão francesa da Nova Caledônia, no sul do Pacífico. Mas, quando o grupo de cientistas decidiu navegar para chegar até ela, simplesmente não a encontrou. Para o Serviço Hidrográfico da Marinha da Austrália, responsável pelas cartas náuticas do país, uma das possibilidades é que tenha ocorrido falha humana e que esse tipo de dado deveria ser tratado "com cautela" ao redor do mundo, já que alguns detalhes são antigos ou simplesmente errados.
De acordo com Maria Seton, uma das cientistas que integra a equipe, a ilha aparece como Sable Island no Times Atlas of the World. O Southern Surveyor, um navio de pesquisa marítima australiano, também afirma que ela existe. Mas, quando decidiu navegar rumo ao local, a embarcação também não avistou nada.

Ilha na costa da Tanzânia

Teorias da conspiração:
Dizem que o serviço de hidrografia da França já havia identificado que a ilha não existia e tinha solicitado que ela fosse apagada de mapas e cartas náuticas ainda em 1979.
Em resposta à polêmica, o Google disse que recebia com bons olhos o feedback dos cientistas a respeito do mapa. "Nós trabalhamos com uma ampla gama de fontes de dados comerciais e de pessoas respeitadas para levar aos nossos usuários os mapas mais atualizados e ricos em detalhes. Uma das coisas mais empolgantes sobre mapas e geografia é que o mundo é um lugar em constante transformação, e manter-se por dentro dessas mudanças é um esforço sem fim", disse um porta-voz da empresa.


 

Detalhes inéditos sobre o vírus da gripe

Cientistas revelam em pesquisas que o vírus influenza se replica. Esta informação pode ser útil no desenvolvimento de novos medicamentos. Cientistas publicaram detalhes da estrutura do vírus da gripe que nunca tinham sido revelados antes. O avanço é resultado de duas pesquisas independentes – uma do Instituto The Scripps, em La Jolla, nos Estados Unidos, e outra do Centro Nacional de Biotecnologia da Espanha – publicadas pela revista “Science”. Os estudos mostraram a estrutura tridimensional das “embalagens” moleculares que carregam o material genético dos vírus. A análise revelou que tipo de proteínas compõem essa estrutura, e de que forma elas agem na replicação do influenza, como é chamado o vírus da gripe. A compreensão de como o vírus se multiplica é um grande desafio para as pesquisas na medicina. As proteínas do influenza não interagem com as células de laboratório da mesma maneira como fazem com o hospedeiro, e por isso era impossível observar sua replicação. Nos atuais estudos, os dois grupos foram capazes de superar esse obstáculo. O conhecimento mais profundo do processo será capaz de indicar alguns pontos vulneráveis do vírus, e isso certamente será útil no desenvolvimento de novos medicamentos contra a doença.
Replicação do vírus influenza, separando os
diferentes tipos de proteínas por cores

O vírus da gripe é considerado uma grande ameaça à saúde pública, por isso é importante conhecê-lo bem. A preocupação não é só com a gripe comum – também chamada de gripe sazonal –, mas também com suas variações, que podem produzir uma nova doença mortal.
Recentemente, pesquisadores causaram polêmica quando produziram uma mutação do vírus da gripe aviária que seria transmitida entre mamíferos. A possibilidade foi vista como um risco por especialistas em biossegurança, que viram na linha de pesquisa um potencial de uso por terroristas.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/plantao.html#5

Cientistas da USP desenvolvem próteses para reconstituição do bico de aves

Técnica permite reconstituição de bicos com diferentes tipos de próteses. Este procedimento foi feito com peça de metal foi realizado por veterinários em ganso. Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram uma nova técnica de reconstituição de bicos de aves que utiliza um superadesivo para fixar as próteses nos animais.O produto, segundo os pesquisadores, é 12 vezes mais resistente do que as colas instantâneas feitas para uso doméstico e permitiu a implantação da primeira prótese de metal em uma ave, procedimento realizado no Brasil em um exemplar de ganso. A surpresa foi que a supercola conseguiu também fixar um bico de metal em aves. Segundo Fecchio, o metal é um material considerado de difícil fixação em animais, além de pesado como prótese para aves, que precisam ser leves para voar. No entanto, com a aplicação da cola, foi possível realizar, segundo ele, a o primeiro implante de bico de metal do mundo em um ganso.


O ganso Chicão, que perdeu bico após briga com cão, recebeu prótese de metal em procedimento realizado em São Paulo (Foto: Reprodução/G1) 
O ganso Chicão, que perdeu bico após briga com cão, recebeu prótese de metal em procedimento realizado em São Paulo
A cirurgia aconteceu pela primeira vez no Brasil, com um exemplar da espécie que perdeu parte do bico durante uma briga com um cão. O incidente aconteceu em 2010 e a cirurgia ocorreu apenas no ano seguinte. “O bico de metal foi a opção mais adequada, já que próteses homólogas (retiradas de cadáveres da mesma espécie) e autógenas (com recolocação do mesmo bico) não funcionaram”.
Durante 11 meses, segundo o médico, o bico não sofreu oxidação e não atrapalhou a ave no processo de impermeabilização das penas (com o bico, o ganso pega a gordura produzida pela glândula uropigiana e a espalha pelas penas, permitindo que não afunde enquanto nada).
No início de novembro deste ano, o ganso Chicão reapareceu no Hospital Veterinário da USP para um novo procedimento cirúrgico. A prótese foi tirada por outro cão. Além do superadesivo, desta vez a prótese foi reforçada com parafusos e linhas de aço, para impedir nova queda.


 
Chicão após a cirurgia com sua prótese de metal

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Cães associam palavras a objetos de modo diferente que os humanos

Há tempos os cientistas sabem que os cachorros são capazes de associar uma palavra a um objeto. No entanto, quando um cachorro entende que o dono quer que ele pegue uma "bola" ou o um "osso", ele está longe de compreender o significado exato da palavra. Pesquisa mostra que esses animais associam as palavras aos objetos de modo diferente dos humanos, e não sabem exatamente o artefato a que ela está se referindo – mas sim o seu tamanho e textura.
Estudos anteriores já haviam mostrado que os humanos com idade entre dois e três anos aprendem a associar novas palavras com o formato dos objetos. Uma criança que aprende o que é uma bola, por exemplo, vai associar à palavra uma série de objetos com o mesmo formato. Com os cachorros não é isso que acontece. No novo estudo, os pesquisadores treinaram Gable, uma Border Collie de cinco anos. Antes do experimento, seu "vocabulário" continha 54 expressões, referentes a objetos diferentes.
Gable
Gable aprendeu a reconhecer 54 objetos diferentes     
No estudo, eles ensinaram Gable o significado de uma nova palavra: Dax. Ela se referia a um brinquedo pequeno e felpudo em forma de U. Dez minutos depois, eles apresentarem à cadela uma série objetos que não eram o Dax, mas tinham ou o mesmo formato em diferentes tamanhos ou o mesmo tamanho em diferentes formatos. Todas as vezes em que Gable foi ordenada a buscar o objeto Dax, ela levou aos pesquisadores artefatos com o seu tamanho, e não o formato de U.
Em uma segunda fase do estudo, os pesquisadores deixaram a cadela conviver por 39 dias com o objeto Dax, para se familiarizar com ele, e repetiram o teste. Dessa vez, ela não escolheu objetos do mesmo tamanho e nem do mesmo formato, mas sim de texturas semelhantes.
"Enquanto o formato importa para os seres humanos, tamanho e textura importam mais para os cachorros", afirma Emile van der Zee, psicóloga da Universidade de Lincoln, na Inglaterra, uma das responsáveis pelo estudo. Os cientistas suspeitam que isso acontece por causa das diferenças na forma como a evolução moldou o modo como cachorros e homens percebem o mundo.



Fonte: http://veja.abril.com.br

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Acidez do mar na Antártica afeta cadeia alimentar

Maior acidez do mar dissolve concha de criaturas marinhas. Pesquisa indica que mudanças climáticas estão afetando elo importante do ecossistema do mar.
 Lesmas-do-mar que vivem na Antártica estão sendo afetadas pelo alto nível de acidez das águas marinhas, segundo uma nova pesquisa científica.
Uma equipe internacional de cientistas descobriu que a concha das lesmas está sendo corroída pela água do mar. Segundo especialistas, a descoberta é importante para se determinar o impacto da acidificação do oceano na vida marinha. As lesmas-do-mar são importantes na cadeia dos alimentos dos oceanos. Além disso, elas são um bom indicador de quão saudável está o ecossistema.
 

 A acidificação do oceano ocorre devido à queima de combustíveis fósseis. Parte do dióxido de carbono que está na atmosfera é absorvido pelo oceano. Esse processo altera a composição química da água, que fica mais ácida. Essa água é mais ácida e acaba corroendo a aragonita -- a substância que forma as conchas das lesmas-do-mar.
As lesmas-do-mar não necessariamente morrem por conta da corrosão nas suas conchas, mas isso as deixa mais vulneráveis a predadores e a infecções, o que tem consequências no resto da cadeia de alimentação. Os dados foram coletados em uma expedição do barco Southern Ocean, em 2008. Os cientistas analisaram o que acontece quando a água marinha do fundo é empurrada para a superfície por ventos.

 Pesquisa indica que mudanças climáticas estão afetando elo importante do ecossistema do mar da Antártica
  

domingo, 25 de novembro de 2012

Tardígrado, o animal mais resistente do planeta!!

 O tardígrado (nome científico:Immortalius Nuncamorrius) ou urso d'água é considerado por muitos: o animal mais resistente do mundo. Pertecente ao filo Tardigrada, seu primeiro registro foi por volta de 1773 e desde então mais de 400 espécies já foram catalogadas.

Imortal? Quase. Não seria exagero dizer que esse pequeno animal é de outro mundo. Seu nome? Tardígrado, também chamado de urso d’água ou leitões do musgo. Essas criaturas são na verdade artrópodes aracnídeos (da classe das aranhas), possuindo oito patas, cada pata possui de quatro a oito pequenas garras e seu corpo varia de 0,05 a 1,25mm. Vivem entre os musgos e liquens, podendo ser fortemente pigmentados, indo do laranja avermelhado ao verde oliva.
 Esses animais possuem uma anatomia complexa, são recobertos de quitina e não existe sistema circulatório e nem aparelho respiratório, as trocas gasosas são realizadas de forma aleatória em qualquer parte do corpo. A grande maioria se alimenta sugando o conteúdo celular de bactérias ou de algas. São encontrados em todo o planeta, desde o fundo oceânico ao alto do Himalaia. Das mais de 600 espécies conhecidas, cerca de 300 foram descritas no Ártico e na Antártica, também foram catalogadas 115 espécies na Groenlândia.
Se os seres humanos forem expostos a 100 grays de radiação, ocorre à morte devido à falência do sistema nervoso central, o que resulta em perda da coordenação motora, distúrbios respiratórios, convulsões, estado de coma e finalmente a morte que pode ocorrer em cerca de um ou dois dias após a exposição. Já os “imortais” tardígrados suportam nada mais e nada menos que 5700 grays de radiação.

 Em Setembro de 2007, a Agência Espacial Européia realizou uma pesquisa utilizando os tardígrados, colocando-os em uma cápsula espacial, a Foton-M3, e os enviou ao espaço. Resultado? Os bichinhos não só sobreviveram aos raios cósmicos, radiação ultravioleta e falta de oxigênio, mas ainda foram capazes de reproduzirem num ambiente tão inóspito. Para ter uma noção, no espaço, os raios ultravioletas são cerca de mil vezes mais intensos do que os encontrados na Terra. Ainda é um mistério sem explicação ou teoria para o motivo pelo qual estes animais conseguiram sobreviver por tanto tempo sem oxigênio e sendo bombardeado com altas doses de radiação cósmica.                  
Todo mundo que passou pelo segundo grau, certamente sabe o que é o zero absoluto ou ao menos ouviu falar. É a temperatura na qual não existe movimentação de nenhuma molécula. É uma temperatura teórica porque é extremamente baixa, -273,15ºC, o que equivale ao zero na escala Kelvin e, apesar de os cientistas não terem alcançado esse valor, chegaram muito próximo.Os tardígrados são realmente especiais. Algumas universidades americanas fizeram pesquisas com tardígrados, congelando-os em uma temperatura super próxima do zero absoluto, cerca de -271 ºC. Os cientistas não ficaram surpresos quando “reanimaram” os animais colocando apenas água e descongelando-os. Não se esperaria que nenhum animal sobrevivesse após terem sido congelados nesta temperatura, mas os tardígrados realmente provaram que são completamente diferente de todo o tipo de vida conhecida no nosso planeta.
 
 Fonte: http://jornalciencia.com